“Alô.”
“Oi Flávia, tudo bem? Aqui é a Cris do setor de R.H. Eu sei que estamos de recesso, mas teria como você dar uma passadinha aqui?” A voz da mulher soava como maquiagem em cadáver a Flávia. Esquisita e falsa, escondendo algo repugnante.
“Olha, não vai dar. Estou ocupada.”
“Ah, tudo bem, querida! E amanhã? Tudo bem pra você?”
“O Cris, olha só, para de falsidade, essa tua vozinha emputece qualquer um. Fala logo o que tu quer,” respondeu Flávia, sua voz arranhando o céu da boca.
.